Morte
Morte.
Uma das únicas
certezas que temos, é que um dia morreremos.
No entanto, a morte
é o maior de todos os medos.
Na realidade, a
morte é a raiz de todos os medos.
Quando morre uma
pessoa próxima, uma pessoa jovem, uma pessoa querida, uma pessoa
cheia de vida, uma pessoa…
Nesse momento, as
pessoas se entristecem, passam a refletir as suas vidas, entram em
contato com essa grande verdade que passamos a vida inteira tentando
negar: um dia morreremos.
O que você sente ao
pensar que um dia vai morrer?
Pense por um
instante.
Não sei para você,
mas quando eu penso na morte minha mente simplesmente se apaga e eu
sinto algo que não sei descrever mas é uma vastidão.
A morte também faz
a gente pensar a real motivação das coisas que fazemos.
Grande parte das
ações humanas giram em torno de negar a morte.
A pessoa que
consegue entender isso é sábia, e torna-se também louca, louca
para os critérios de uma sociedade que insiste
em negar a morte. (Uma sociedade que diz: Não existe morte, existe
consumo, CONSUMA! Morreu?
Então
consuma um caixão de luxo e um terreno
de alto padrão, para morrer como um
consumidor feliz! O dono da fábrica de
caixão e o dono do cemitério ficam tristes, mas também se alegram
quando alguém morre, afinal é mais uma venda realizada.No
capitalismo esse é o valor. Mas encerro esse parêntese aqui.)
Fato
é que assim é a vida: cedo ou tarde, morremos.
Mas
negamos a morte o tanto quanto podemos.
No
desespero das atitudes, está o medo da morte.
Na vida cheia de
futilidades, está o medo da morte.
Nos vícios, está o
medo da morte.
Na risada irônica,
está o medo da morte.
No medo do término,
está o medo da morte.
Na negação da
realidade, está o medo da morte.
Nas fugas
cotidianas, está o medo da morte.
Nas falsas
esperanças, está o medo da morte.
Onde não está o
nosso coração, está o medo da morte.
No nosso sofrimento,
está o medo da morte.
Todo medo é, no
fundo, medo da morte.
No vício em pensar,
está o medo da morte.
Pois quem pensa é o
ego, nele está o medo da morte.
Ego é a
identificação com esse corpo físico.
Na morte a única
coisa que pode morrer é esse fantasma chamado ego, que é gerado
pela identificação com a matéria.
O fantasma ego foge,
foge, foge… mas pode ser que, quem sabe, na próxima esquina a
morte o pegue.
“Qual
será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida
Existem tantas
Um acidente de carro
O coração que se recusa abater no próximo minuto
A anestesia mal aplicada
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio”
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida
Existem tantas
Um acidente de carro
O coração que se recusa abater no próximo minuto
A anestesia mal aplicada
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio”
Antes que você diga
algo, o destemor também é um medo da morte.
Quem vive mostrando
poder, mostrando que não teme nada, no fundo está se protegendo, do
que?
Como então lidar
com essa iminente realidade?
Viver com a
consciência da morte é a forma de escapar da morte.
Alguns
preferem a metáfora: morrer em vida e assim driblar a morte.
Afinal quem já
morreu não pode morrer de novo.
A Verdade que brota
da ideia de morte não é doce, nem amarga, nem boa, nem ruim, nem
feliz, nem triste. A Verdade é a Verdade.
Do pó vieste e para
o pó retornarás.
“Eu
te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida”
Que talvez seja o segredo desta vida”
O que quer dizer
tudo isso, qual a mensagem ensinada pelos mestres:
A realidade é Yoga,
Yoga é União, tudo está unido, tudo é uma coisa só.
Não existe morte,
você nunca vai deixar de ser o que você realmente é.
A única coisa que
vai deixar de existir é aquilo que você não é.
Você nunca esteve
de fato separado da totalidade.
“Você teve um
sonho e entendeu tudo errado. Você achou que estava separado de
tudo, mas agora você ouve a verdade e você pode relaxar. Venha abra
seus olhos, respire fundo, estou com você. Você é o amor da minha
vida. Você é minha única criação. Você é Eternidade e isso
nunca vai mudar.”
O que somos em
essência é a Verdade, nossa Verdadeira Identidade É Sat Nam.
Eu não sei como é
após a morte. Ainda não me livrei de todos os medos, pois alguns
são inconscientes e eu sou bem consciente da minha inconsciência…
Mas eu vivo feliz,
vivo com gratidão por estar vivo, por poder cantar, por poder tocar
um instrumento, por poder respirar, por poder praticar exercícios,
por poder estar junto com pessoas que amo, por poder ensinar o que
aprendi.
Prostro minha cabeça
perante essa Verdade que trouxe essa sabedoria. Estar em contato com
uma fagulha desta Verdade é motivo de contentamento infinito.
Tento passar essa
mensagem que recebi de inúmeros mestres. Quando você está aberto,
atento e desperto, você percebe que em cada pessoa existe um mestre,
existe uma sabedoria e que você pode aprender com ela.
Por isso tudo eu
faço pratico e vivo Yoga.
E tem gente que
pensa que fazer Yoga é apenas alongamento e corpo sarado.
E se você quiser
reduzir sua experiência a apenas isso, tudo bem.
Que a cada dia eu
viva mais e mais essa Verdade.
Que você seja feliz
e encontre também a real Realidade.
Que a cada momento
eu me lembre que a Realidade é Akal – Imortalidade.
E por fim, que aquele que partiu encontre logo a paz e a Verdade: Akal, Akal, Akal, Akal...
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